Mais Médicos: cerca de mil Municípios devem receber profissionais em junho, segundo lista do governo

Mais Médicos: cerca de mil Municípios devem receber profissionais em junho, segundo lista do governo

A partir deste mês de junho, mais de 6 milhões de pessoas que vivem nas áreas mais vulneráveis do Brasil já poderão contar com reforço profissional do Programa Mais Médicos. O Ministério da Saúde publicou nesta quarta-feira (19) o resultado final da 1ª fase dos médicos selecionados neste 18º ciclo do programa. De acordo com as regras previstas no edital nº11/2019, 1.975 profissionais foram selecionados para atuar na Atenção Primária das unidades de saúde de mais de mil municípios, localizados nos 26 estados, além de 10 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Esses profissionais devem se apresentar nos municípios entre os dias 24 e 28 de junho para o início das atividades de atendimento à população.

Os municípios contemplados neste edital do Mais Médicos são de áreas historicamente com maiores dificuldades de acesso – a exemplo das ribeirinhas, fluviais, quilombolas e indígenas – e que dependem do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram oferecidas aos médicos 2.149 vagas, conforme indicação dos gestores locais sobre a quantidade necessária de profissionais para atendimento em suas unidades de saúde.

Esta primeira fase do 18º ciclo do programa priorizou a participação de profissionais formados e habilitados com registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Brasil. Além disso, para garantir a imparcialidade na escolha de médicos qualificados, preferencialmente com perfil de atendimento para a Atenção Primária, o Ministério da Saúde estabeleceu critérios de classificação, como títulos de Especialista e/ou Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade.

 

PRÓXIMAS ETAPAS DO MAIS MÉDICOS:

– 19 a 21 de junho: médicos confirmam a escolha da vaga
– 24 a 28 de junho: validação e início das atividades dos médicos nos municípios

 

UF/LOCALIDADE MÉDICOS POR LOCALIDADE
PE 221
ABREU E LIMA 3
AFOGADOS DA INGAZEIRA 3
AFRANIO 4
AGRESTINA 1
ALIANCA 2
ARCOVERDE 2
BARRA DE GUABIRABA 1
BARREIROS 2
BELO JARDIM 2
BEZERROS 6
BOM CONSELHO 1
BOM JARDIM 1
BREJO DA MADRE DE DEUS 3
BUIQUE 1
CABROBO 2
CAETES 1
CALCADO 3
CAMARAGIBE 4
CAPOEIRAS 1
CARUARU 9
CASINHAS 1
CATENDE 1
CONDADO 1
CUPIRA 1
CUSTODIA 1
DORMENTES 1
FEIRA NOVA 1
FLORES 3
FREI MIGUELINHO 2
GAMELEIRA 2
GARANHUNS 2
GLORIA DO GOITA 3
GOIANA 6
GRAVATA 2
IGARASSU 7
IPUBI 1
ITAIBA 1
ITAMBE 3
ITAQUITINGA 1
JABOATAO DOS GUARARAPES 16
JAQUEIRA 2
JOAO ALFREDO 1
LAGOA DO CARRO 1
LAGOA DO ITAENGA 1
LAGOA DOS GATOS 1
LAGOA GRANDE 1
LAJEDO 1
MACAPARANA 2
MACHADOS 1
MOREILANDIA 1
OLINDA 16
OROBO 1
OURICURI 5
PALMARES 4
PARNAMIRIM 3
PASSIRA 5
PAUDALHO 3
PAULISTA 5
PEDRA 1
PESQUEIRA 2
PETROLANDIA 1
PETROLINA 7
PRIMAVERA 1
QUIPAPA 1
QUIXABA 1
SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE 3
SANTA FILOMENA 1
SAO BENEDITO DO SUL 1
SAO BENTO DO UNA 4
SAO CAITANO 1
SAO JOSE DO BELMONTE 1
SAO JOSE DO EGITO 3
SERRA TALHADA 2
SERTANIA 1
SIRINHAEM 2
SURUBIM 5
TABIRA 1
TACAIMBO 1
TAMANDARE 2
TAQUARITINGA DO NORTE 4
TORITAMA 4
VERTENTES 1
VITORIA DE SANTO ANTAO 8
FLIC realiza reunião itinerante em Bezerros

FLIC realiza reunião itinerante em Bezerros

 

O I Fórum Estadual de Lixo e Cidadania 2019 (FLIC), foi realizado nesta quarta feira, dia 29, na cidade de Bezerros, no auditório do Centro de Artesanato de Pernambuco, com publico selecionado entre pessoas ligadas ao meio ambiente das prefeituras da região, como: Bezerros, Caruaru, Sairé, Altinho, Panelas e do Consórcio Público Intermunicipal do Agreste Pernambucano e Fronteiras (CONIAPE).

O FLIC foi aberto pelo diretor estadual de meio ambiente, Bertrand Sampaio de Alencar, responsável pelos projetos ambientais em Pernambuco, que em sua palestra falou da importância de incluir os catadores de recicláveis em programas de coletas recicláveis e fechamento de lixões em Pernambuco, o que deverá acontecer em Bezerros, brevemente.

O FLIC faz parte da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidades (SEMAS), e é uma rede de articulação de instituições governamentais e não governamentais, que realiza reuniões itinerantes, sendo esta de hoje a primeira do ano de 2019, em Bezerros. A empresa de compactação de isopor, Santa Luzia, sediada em Bezerros, foi parceira do evento e seu representante fez explanação sobre processamento de isopor. O Professor Audemário Prazeres, da Assessoria de Planejamento e Meio Ambiente (ASPLAMA), fez uma apresentação de suas experiências ambientais e mostrou o Projeto Galpão da Triagem e Programa de Coletiva Seletiva a ser implantado em Bezerros e também sobre o projeto Janelas para o Rio.

 

Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe Promove Atividades em Alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente

Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe Promove Atividades em Alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente

No dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Para celebrar a data, a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe, através da Gerência de Meio Ambiente preparou uma série de atividades, entre 01 e 07 de junho, que envolvem distribuição de mudas, plantio de árvores, palestras, e outras ações e dinâmicas.

Com o tema “Sustentabilidade no Polo de Confecções”, o evento tem o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância dos cuidados com o meio ambiente e consequentemente incentivar a população, desde os mais jovens aos mais idosos, a adquirir hábitos e práticas mais ambientais.

De acordo com Marivaldo Andrade, gestor de meio ambiente, a nossa natureza oferece condições necessárias para a vida, e as nossas ações tem que ser sustentáveis para mantê-la. “Avançamos nessa temática, mas ainda é muito pouco. Precisamos avançar mais nas discussões através de momentos iguais a esse”, comenta Marivaldo.

Programação Completa 

01/06 (Sábado) – Parque Florestal – Abertura da Semana do Meio com distribuição de mudas arbóreas na Feira da Agricultura Familiar com muito Forró Pé de Serra. Horário: 5h30 às 9h.

02/06 (Domingo) – Parque Florestal – Distribuição de mudas arbóreas/Participação do Clube de Desbravadores. Horário: 6h às 10h

03/06 (Segunda-feira) – Escolas e Praças – Atividades de Educação Ambiental e plantio de árvores.

04/06 (Terça-feira) – SENAI Santa Cruz – Palestra com o tema: Sustentabilidade no Polo de Confecções. Horário: 19h às 22h.

05/06 (Quarta-feira) – Parque Florestal – Palestra sobre a Estação de Tratamento de Esgoto, apresentações culturais, distribuição de mudas e plantio de árvores, além do lançamento da Campanha Educativa Recicla Santa Cruz. Horário: 6h às 12h.

06/06 (Quinta-feira) – Escolas e Praças – Atividades de Educação Ambiental e Plantio de Árvores.

07/06 (Sexta-feira) – Parque Florestal – Entrega Voluntária de Animais Silvestres coordenada pelo CPRH. Horário: 8h às 16h

Cofres municipais recebem último repasse do FPM de maio na quinta-feira, 30

Cofres municipais recebem último repasse do FPM de maio na quinta-feira, 30

Pouco mais de R$ 2,2 bilhões – do último Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de maio –será partilhado entre os cofres municipais nesta quinta-feira, 30. Com dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), estimativa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que o valor destinado aos 5.568 governos locais sobe para R$ 2,7 bilhões, quando se considera o porcentual destinado ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Esse decêndio representa em torno de 30% do valor total repassado no mês. Se comparado com o mesmo decêndio do ano anterior, o montante será 17,08% maior, sem considerar os efeitos da inflação. Ao considerar os três repasses feitos no mês, e relacionar com 2018, o Fundo registrará crescimento de 10,30%. De acordo com o levantamento da Confederação, a primeira e a segunda transferência de maio foram de R$ 6,5 bilhões e R$ 775 milhões, respectivamente.

Quando se considera a inflação do período, o crescimento do último repasse de maio reduz de 17,08% para 12,02%. Em relação ao acumulado do ano, nessa época, em 2018, o FPM somava R$ 42,3 bilhões. Com esse último repasse, o Fundo dos Municípios somará R$ 46,5 bilhões, de janeiro até agora. Aplicada a inflação nesses valores, o crescimento montante reduz de 9,99% para 5,47%, em relação aos cinco primeiros meses do ano de 2018.

Do valor total, R$ 555 milhões serão repassados aos 2.460 Municípios com coeficientes 0,6, que representa 44,18% deles. Por conta dos critérios de patilha, a título de exemplo, um Município 0,6 do Ceará deve receber de R$ 248 mil, enquanto um Município de Roraima pode receber R$ 96 mil, em valores brutos e sem os descontos. Os 166 Municípios de coeficientes ficarão com o valor de R$ 359,244 milhões, o que representa 12,87% do montante total a ser transferido.

Ciclos
A CNM explica que, assim como as demais transferências, o FPM não apresenta distribuição uniforme ao longo do ano. E, geralmente, ocorre dois ciclos: repasses mais elevados no primeiro semestre e redução significativa a partir de julho, com destaque para setembro e outubro. “Os repasses dos primeiros meses são as entradas mais elevadas de recursos nas contas municipais, e a partir de agora e preciso reavaliar a gestão para não se comprometer além do que se deve receber”, alerta o presidente da CNM, Glademir Aroldi.

Além de mostrar o porcentual de 20% destinado ao Fundeb e os montantes que serão transferidos aos cofres municipais deflacionados, o levantamento da CNM também apresenta o valor bruto do FPM e os descontos de 15% da saúde e o 1% do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor (Pasep). Confira o levantamento na íntegra.

Conquista: Senado aprova proposta que destina emendas diretamente aos cofres municipais

Conquista: Senado aprova proposta que destina emendas diretamente aos cofres municipais

Compromisso firmado pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), durante solenidade de abertura da XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 61/2015 foi aprovada em dois turnos no Plenário da Casa e agora segue para a Câmara dos Deputados. Para garantir celeridade e atendendo ao pleito municipalista, os parlamentares também aprovaram requerimento para que os dois turnos ocorressem nesta terça-feira, 9 de abril – o rito legislativo determina um número mínimo de sessões.

O texto determina repasse direto dos recursos das emendas parlamentares para os Municípios, sem convênio, sem interferência no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (Cauc), sem contingenciamento e com execução semelhante ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A Confederação Nacional de Municípios (CNM) comemora a decisão – que teve apenas três votos contra, uma abstenção e 62 favoráveis –, e vai acompanhar a tramitação na Câmara.

Durante a abertura da Marcha, o presidente Alcolumbre havia citado a PEC como prioridade: “Devemos sempre priorizar iniciativas que desburocratizem e tornem mais eficientes o repasse de verbas da União. Creio que a proposta vai ao encontro desse entendimento, pois retira a obrigatoriedade dos dispendiosos convênios para execução do orçamento”, justificou.

Os líderes da Casa já tinham entrado em acordo para pautar a proposta na sessão plenária na semana passada, mas, em razão da agenda Legislativa e da oportunidade de coincidir a votação com o maior evento municipalista do país, eles adiaram. O relator, senador Rodrigo Pacheco (DEM-RJ), contribuiu com a redação final.

Equipe econômica do governo faz anúncios importantes aos Municípios

Equipe econômica do governo faz anúncios importantes aos Municípios

Plenário lotado, galerias igualmente cheias e discursos de descentralizações de recursos. A plenária Unidos Pelo Brasil começou às 14 horas desta terça-feira, 9 de abril, com a presença da equipe econômica do governo, inclusive o ministro da Economia, Paulo Guedes. Conduzida pelo atual e pelo ex-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi e Paulo Ziulkoski, a apresentação enfatizou o lema Mais Brasil e Menos Brasília e o Dinheiro tem que ir onde o povo está.

Aroldi iniciou os debates, enfatizando o anseio dos gestores locais pela regulamentação do pacto federativo. “O ministro Paulo Guedes, quando começou a falar de pacto federativo, evidentemente criou uma enorme expectativa positiva com a liderança do movimento municipalista brasileiro, com as prefeitas e com os prefeitos, até porque o ministro entende que o dinheiro deve estar onde as pessoas estão, lá na ponta, lá onde tudo acontece”, disse.

De acordo com o presidente, o discurso vai ao encontro de tudo que o movimento tem buscado há anos. Já Paulo Guedes despertou os participantes logo no início de sua fala e fez uma síntese do processo histórico de centralização dos recursos nas mãos da União. “O dinheiro todo lá em cima e os governos e os Municípios sem os recursos. Não é coincidência, estão todos apertados. Se fosse um prefeito apertado e um governador apertado se diria que é um caso de má gestão, mas se estão todos os Estados e todos os Municípios apertados financeiramente quer dizer que tem algo sistêmico muito errado”, exemplificou.

Poder
Guedes afirmou que a intenção do governo é descentralizar os recursos, limitar o poder da União e distribuir as atribuições entre os Estados e os Municípios. “O poder tem que ser limitado e descentralizado”, afirmou Guedes. A fala recebeu o apoio dos municipalistas, e o ministro mencionou as frentes prioritárias do governo compostas pela Nova Previdência, pela Reforma Tributária, pela Regulamentação do pacto federativo e pelas privatizações.

Em relação à Nova Previdência, o ministro destacou as principais medidas do projeto enviado ao Congresso Nacional, que são: idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens, independente da categoria; alíquotas progressivas; e a unificação dos regimes no Instituto Nacional de Seguridade Nacional (INSS). “Essa reforma tem um primeiro grande objetivo de garantir o pagamento das aposentadorias atuais e garantir os salários”, comentou.

Reforma
Redução, simplificação e eliminação de impostos. Isso é o que deseja o governo com a reforma tributária. “O Brasil tem mais de 50 impostos diferentes, e nós vamos reduzir isso tudo. Este ano, ainda, já iremos pegar 2, 3, 4, 5 impostos e fundir em um só, que será chamado imposto único federal”, contou. De acordo com o ministro, a boa notícia é que todas as contribuições, criadas para salvar a União e tirar esses recursos de Estados e Municípios, serão compartilhadas.

Guedes abordou ainda a política de privatizações, que objetiva recuperar a capacidade de investimento no Brasil e reduzir drasticamente a máquina federal. O ministro deixou o plenário eufórico ao dizer que a ideia é transferir 70% dos recursos do pré-sal para os Municípios. Atualmente, a verba fica com a União, e a expectativa é de que a quebra do monopólio da exploração garanta recursos volumosos e imediatos.

Essência 
“Nós acreditamos na democracia, e a democracia representativa. A turma vem aqui, vota o orçamento, mas o recurso tem de descer e ser administrado lá em baixo. E nós acreditamos nos mercados que também são descentralizados”, finalizou o ministro. Guedes foi sucedido na plenária pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, que afirmou: “a vida se dá nos Municípios, e vocês representam a população brasileira na sua essência”.

Marinho defendeu o texto do governo como uma ferramenta de estruturação do sistema previdenciário. “Essa reestruturação é para ajudar os mais pobres, os mais humildes, aqueles que se encontram na base da pirâmide do nosso país”, disse. Ele pontuou que os recursos arrecadados mal dão para pagar o salário, previdência, assistência e dívida contraída. “Tem sobrado muito pouco para investir no conjunto da sociedade, no conjunto da população”, contou Marinho, ao informar que as regras serão aplicadas de imediato para os Municípios, havendo uma redução nas despesas com aposentadorias futuras.

Avanços
“No regime geral, nós estimamos que em 10 anos o déficit dos Municípios, calculado em R$ 1 trilhão, será reduzido para R$ 676 bilhões”, mencionou o secretário especial de Previdência. Ele disse que só no aumento da alíquota, no primeiro ano, em 12 meses, haverá um ganho de R$ 3 bilhões para o conjunto de Municípios brasileiros, dentre outros benefícios. Marinho afirmou que um novo decreto será construído em conjunto, nos próximos 60 dias, para instituir um novo sistema de compensação do Regime Geral de Previdência com o governo federal.

A ideia, conforme explanou, é agilizar um software; aumentar o prazo de prescrição de cinco para dez anos, após a homologação da compensação; cobrar juros e multas de forma recíproca para quem atrasar as análises, a fim evitar que haja procrastinação no processo; e trabalho para agilizar ao longo de dois anos os 146 mil processos de compensação mútua. “Nós estimamos que haverá uma transferência do governo federal para os Municípios na ordem de R$ 5 bilhões, e esse é o primeiro compromisso que assumimos aqui com o conjunto de prefeitos”, contou.

Emendas
Outros dois avanços foram mencionados por Marinho na ocasião, e elas representam conquistas reivindicadas há anos pelo movimento municipalista brasileiro. A primeira é uma emenda que permita desonerar os recursos do Regime Geral de Previdência sobre a incidência de contribuição do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). “Nós estimamos que haverá uma transferência de R$ 3 bilhões, por ano, para os Municípios brasileiros, mas precisamos construir isso junto com o relator, que será designado na comissão especial”, disse.

A outra medida é o apoio à emenda para que os Regimes Próprios possam operar empréstimos consignados para os seus segurados. “Isso vai permitir que aqueles Municípios com Regimes Próprios façam empréstimos para os seus próprios servidores e detenham, certamente, uma remuneração maior desse pecúlio que foi constituído com a contribuição dos servidores e do próprio ente patronal”, destacou Marinho.

Explicação
Dando sequência à plenária, o ex-presidente Ziulkoski chamou o secretário da Receita Federal do Brasil (RFB), Marcos Cintra, ao palco. Ele reforçou o plano de governo que propõe fortalecer os Municípios e a mudança mundial com a expansão da tecnologia e o constante crescimento do Imposto Sobre Serviços (ISS). Diante disso, Cintra anunciou duas medidas inovadoras, a Nota Fiscal de Serviços Eletrônicos e o Portal do Imposto Territorial Rural (ITR).

“Novecentos Municípios brasileiros já têm convênio com o governo federal, com Receita Federal para arrecadação de 100% do ITR, e os dados são impressionantes”, lembrou Cintra. Ainda, segundo ele, em 2007, quando se iniciou a possibilidade de convênios entre Municípios e governo federal para administração da arrecadação do ITR, o Brasil arrecadava, por ano, R$ 300 milhões. Em 2018, a arrecadação foi de R$ 1,5 bilhão, com apenas 900 conveniados.

Sistemas
A partir desses números, o portal do ITR viabilizará o convênio com a União para administração do imposto pela internet. “A Receita Federal vai investir pesado na reforma tributária, mas, ao mesmo tempo, nós estamos criando condições para que os senhores, administradores municipais, consigam ganhar eficiência e produtividade com a arrecadação de impostos justos, que são devidos aos Municípios para o atendimento da população do nosso país”, disse o secretário da Receita.

Antes de passar a palavra ao próximo expositor, Ziulkoski explicou para o plenário o que esses avanços significam para os Municípios e para o movimento municipalista. Para ele, as mudanças propostas apresentam justiça nos sistemas previdenciários municipais. “Isso é o pacto federativo”, ponderou. Após os esclarecimentos, o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar, fez uma rápida apresentação.

Subsidiariedade
“Cada vez mais nossos prefeitos são reféns dos governos estaduais e federal, e eu quero que vocês façam uma reflexão: o maior poder do país está aqui nesta sala”, enfatizou Mattar. Durante sua fala, ele defendeu o princípio da subsidiariedade e disse que o governo federal não deve fazer aquilo que o governo estadual é capaz de fazer; o governo estadual não deveria fazer aquilo que o Município pode fazer; e o Munícipio não deve fazer o que a coletividade pode fazer; e o conjunto de pessoas não deve fazer o que o indivíduo social é capaz de fazer.

Já o secretário Especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, apresentou algumas ferramentas para o federalismo efetivo, que significa centralizar o cidadão e o gestor que está na ponta. Segundo ele, a missão é criar um federalismo onde a pirâmide seja paulatinamente investida. Isso significa tirar o dinheiro da União e destinar aos governos regionais e municipais. “Partilharemos os recursos do fundo social [do pré-sal], que hoje é 100% destinado para a União, com Estados e Municípios”, garantiu.

Base
Segundo expliocu Rodrigues, o ponto de referência será o o Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações (FEX). “São recursos aproximados de R$ 4 bilhões. É pouco”, ponderou o secretário, completando que serão partilhados mais do que esse valor, inicialmente um adicional de aproximadamente R$ 10 bilhões. “Em menos de 20 dias, nós encaminharemos essa proposta ao Congresso Nacional”, garantiu. Esse valor foi mencionado pelo ministro Paulo Guedes, durante sua apresentação, quando falou da Lei Kandir, do FEX e do fundo social. 

Ao final de duas horas de anúncios, o secretário geral adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Gleisson Cardoso, anunciou o lançamento da Plataforma + Brasil, que vai permitir, a partir dos convênios de 2019, a implementação da automatização de prestação de contas que já vai valer para os próximos contratos. “Quase todos os Municípios brasileiros precisam lidar com a realidade de receber recursos de diversos programas, ministérios e órgãos de fomentos e ter que se adaptar às inúmeras regras. Nós estamos trazendo todas essas diferentes estratégias para um único caminho.”

Conquistas
As principais conquistas desse segundo dia da XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios foram:

   1) Envio de projeto de lei em até 20 dias que libera R$ 10 bilhões para Estados e Municípios;
   2) Instalação do Comitê de Revisão da Dívida Previdenciária Municipal;
   3) Compromisso do presidente da República, de ministros e do Congresso Nacional de votar projeto que aumenta em 1% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de setembro;
   4) Extensão da isenção do Pasep aos Municípios que têm RPPS;
   5) Lançamento de sistema de nota fiscal de serviços eletrônicos pela Receita Federal
   6) Anúncio do Portal do ITR, que vai permitir o convênio com a Receita para o recebimento de 100% dos recursos pela internet;
   7) Lançamento da Plataforma +Brasil, com a automatização de prestação de contas para os próximos contratos;
   8) Mudança da jornada de trabalho dos profissionais médicos para ampliar os horários do serviço à população;
   9) Pedido de flexibilização do uso de 600 UPAS com obras paradas até 30 de junho; e
   10) Avaliação via comitê da atualização dos programas federais da Assistência Social e Educação.

Cofres municipais recebem R$ 2 bilhões do último decêndio de fevereiro na quinta, 28 de fevereiro

Cofres municipais recebem R$ 2 bilhões do último decêndio de fevereiro na quinta, 28 de fevereiro

O repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente ao terceiro decêndio de fevereiro será creditado nesta quinta-feira, 28 de fevereiro. Prefeituras brasileiras receberão R$ 2.060.995.797,18, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante chega a R$ 2.576.244.746,48.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) lembra que a base de cálculo para este decêndio é dos dias 11 a 20 de fevereiro e geralmente representa 30% do valor esperado para o mês inteiro. Em comparação com o mesmo decêndio de 2018, de acordo com dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o montante teve um crescimento de 13,17% em termos nominais (valores sem considerar os efeitos da inflação). Já o acumulado do mês, em relação ao mesmo período do ano anterior, aumentou 1,95%.

Contudo, ao deflacionar o valor – ou seja levando em conta a inflação do período –, o crescimento é um pouco menor, de 9,40%, e o acumulado do mês fecha em queda de 1,45%, comparado com fevereiro de 2018. Em levantamento, a CNM explica as diferenças entre os coeficientes do FPM e a proporção que cada um vai receber. Por exemplo, os Municípios de coeficiente 0,6, que são a maioria (44,20%) no país, ficarão com R$ 512.768.164,18 (19,90% do total a ser transferido).

O estudo revela ainda que, considerando a inflação, o FPM acumulado em 2019 cresceu 6,53% em relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, os gestores devem estar atentos aos valores na hora de realizar o planejamento para não comprometer o fechamento das contas. Isso porque o repasse referente aos três primeiros meses do ano costuma ser maior que nos períodos seguintes e representa uma entrada elevada de recursos nas contas municipais.

Confira os valores do seu Município por coeficiente de cada Estado.

Sistema de declaração do IRRF já está disponível para preenchimento pelos Municípios

Sistema de declaração do IRRF já está disponível para preenchimento pelos Municípios

O programa gerador da Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf) já está disponível para download no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB). A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta: os Municípios devem preencher o sistema – com os dados referentes à competência de 2018 – até 28 de fevereiro. O programa fica disponível para o envio dos dados até as 23h59min, pelo horário de Brasília, desta data.

Os procedimentos para apresentação das declarações foram estabelecidos pela Instrução Normativa 1836/2018 da RFB. As normas devem ser observadas pelas pessoas físicas e jurídicas que pagaram ou creditaram rendimentos sobre os quais tenha ocorrido retenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) ou das Contribuições Sociais Retidas, por exemplo: Social sobre o Lucro (CSL), Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS-Pasep) e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

As declarações devem ser promovidas ainda que as retenções tenham acorrido em apenas um mês do ano-calendário, por si ou como representantes de terceiros, entre eles todos Municípios. A forma de apresentação continua a mesma, por meio do programa de transmissão dos dados da Secretaria da Receita Federal (Receitanet). No entanto, é preciso atenção em duas alterações principais relativamente aos anos anteriores. São elas:

1. Previsão de obrigatoriedade de declaração das informações referentes aos beneficiários de rendimentos de honorários advocatícios de sucumbência, pagos ou creditados aos ocupantes dos cargos de que trata o caput do artigo 27 da Lei 13.327/2016, das causas em que forem parte a União, as autarquias e as fundações públicas federais; e
2. Exclusão da obrigatoriedade de apresentação da Dirf 2019 pelas pessoas jurídicas de que trata a Lei 12.780/2013, relacionadas à organização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

Alerta
A CNM alerta ainda para a obrigatoriedade da assinatura digital da declaração, mediante utilização de certificado digital, que possibilitará o acompanhamento do processamento da declaração por intermédio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC), disponível no site da Receita Federal. A única exceção é para optantes do Simples Nacional.

“Os contadores municipais devem estar atentos a consistência das informações, pois, durante a transmissão dos dados, a declaração será submetida a validação que pode impedir a transmissão e finalização do processo de envio”, explica o técnico de Contabilidade Pública da CNM, Marcus dos Santos. Ele completa: “o recibo de entrega será gravado somente nos casos de validação sem erros”.

Penalidades
A não apresentação da declaração e/ou a entrega depois do prazo – apresentação atrasada – enseja a aplicação de multa de 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante dos tributos e das contribuições informadas, ainda que tenham sido integralmente pagas, limitada a 20%. A multa mínima a ser aplicada é de R$ 200 para pessoa física, pessoa jurídica inativa e optante pelo Simples Nacional; e de R$ 500 nos demais casos.

Como existem muitas obrigações legais com prazos para o mês de fevereiro, o técnico da CNM recomenda que os gestores não deixem o envio da Dirf para última hora. “Antecipe e redobre a atenção nos lançamentos para evitar a necessidade de retificação de arquivo e problemas com os funcionários e prestadores de serviço, no momento do envio de suas declarações de IR”, reforça Santos.

Para baixar o programa da DIRF 2019 clique aqui.

Saúde na Escola: gestor municipal tem até o dia 15 de fevereiro para indicar escolas

Saúde na Escola: gestor municipal tem até o dia 15 de fevereiro para indicar escolas

Mais de 60% dos Municípios brasileiros ainda não se cadastraram para participar do novo ciclo do Programa Saúde na Escola (PSE). Até a última semana, os gestores de Saúde e Educação de 2.978 cidades ainda não haviam apontado quais escolas públicas deverão participar deste novo momento do programa. Outros 678 Municípios iniciaram o processo, mas não concluíram. Eles têm até o dia 15 de fevereiro para finalizar a inscrição.

Mais de 1.900 Municípios aderiram ao projeto do Ministério da Saúde, desenvolvido em conjunto com o Ministério da Educação (MEC) e que prevê recursos financeiros para os Municípios realizarem ações de prevenção e promoção da saúde no ambiente escolar. Com o credenciamento, essas unidades deverão desenvolver doze ações envolvendo temas como incentivo à atividade física, combate ao Aedes aegypti, prevenção de violências e acidentes, verificação e atualização da situação vacinal. Mais de 90% dos Municípios brasileiros aderiram ao Programa que envolve mais de 20 milhões de estudantes de 85.706 escolas e mais de 36 mil equipes da atenção básica do SUS.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) reforça que os gestores locais devem incluir na plataforma do e-Gestor da Atenção Básica, as escolas que farão a adesão ao programa. Algumas mudanças foram realizadas em relação as edições anteriores, como os valores e o modo de repasse que serão realizados anualmente em parcela única e o valor 2,5 vezes maior que nos anos anteriores. Com um investimento anual de R$ 89 milhões a competência desse ciclo do programa será de dois anos.

Como uma ferramenta para auxiliar aos Municípios, a CNM disponibiliza a plataforma Êxitos, que auxilia os gestores a verificação de oportunidades para angariar recursos oferecidas aos Municípios. Entre as oportunidades está o Programa Saúde nas Escolas.

Na plataforma é possível verificar a viabilidade de implementação do programa no Município com os dados gerais do programa, as regras financeiras que devem ser adotadas, as retificações e atualizações feitas pelo governo federal além de anexos com todas as publicações disponíveis.

Ao contrário das edições anteriores, para participar do PSE, os Municípios deverão indicar especificamente as escolas e não mais o nível de ensino. Desta forma, em conjunto com as equipes da atenção básica, as instituições assumem o compromisso de desenvolver atividades envolvendo doze ações para o cuidado à saúde no ambiente escolar.

As estratégias estão previstas na Portaria 1.055/2017 e podem ser combinadas, levando em consideração o nível de ensino, as demandas das escolas, do território e a análise de situação de saúde do território.

Cofres municipais recebem último repasse do FPM de maio na quinta-feira, 30

FPM: primeiro repasse de 2019 será de R$ 3,1 bilhões

O primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para o ano de 2019 será no valor de R$ 3,1 bilhões. O montante que deve ser pago aos Municípios na próxima quinta-feira, 10 de janeiro, leva em consideração a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, quando somado o Fundeb, o valor é de R$ 3,9 bilhões.

Segundo as informações da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o 1º decêndio de janeiro de 2019, comparado com mesmo decêndio do ano anterior, apresentou um crescimento de 19,87%. Quando leva em conta a inflação do período, comparado ao mesmo período do ano anterior, o crescimento é de 16,05%. A área de Estudos Técnicos da Confederação Nacional de Municípios (CNM) explica que o primeiro decêndio sofre influência da arrecadação do mês anterior, uma vez que a base de cálculo para o repasse leva em conta os dias de 20 a 30. A CNM destaca, no entanto que o FPM, bem como a maioria das receitas de transferências do País, não apresenta uma distribuição uniforme ao longo do ano.

A Confederação ressalta que é preciso planejamento e reestruturação dos compromissos financeiros das prefeituras para que seja possível o fechamento das contas sem que haja ônus para os gestores municipais. A CNM esclarece também aos gestores municipais para manterem cautela em suas gestões e ficarem atentos ao gerir os recursos municipais dentro do próprio mês, uma vez que os valores previstos sempre são diferentes dos valores realizados.

Congelamento do FPM
A entidade salienta que devido a publicação da Decisão Normativa 173/2019, no dia 7 de janeiro de 2019, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que confirma o congelamento do FPM de 129 localidades com redução populacional na última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os valores que estão nas tabelas por coeficientes podem sofrer alteração.

Confira aqui a nota completa e os valores por Estado.